BACK TO THE FUTURE (no Brasil: De Volta Para o Futuro) é uma franquia de filmes norte-americana de comédia, ação e ficção científica criada por Robert Zemeckis e Bob Gale. O primeiro filme fez um grande sucesso de crítica e de público, com um orçamento de US$ 19 milhões e rendendo US$ 388,8 milhões em bilheteria; o que acabou motivando o lançamento de duas continuações, além de videogames, parques temáticos na Universal Studios dos Estados Unidos e Japão (atualmente fechados), uma série animada para a televisão e um musical de palco.
A trilogia é protagonizada por dois personagens: o adolescente Marty McFly (Michael J. Fox) e o cientista excêntrico dr. Emmett "Doc" Brown (Christopher Lloyd). O principal antagonista é o personagem Buff Tannen (Thomas F. Wilson).
Em DE VOLTA PARA O FUTURO (1985), Marty é transportado acidentalmente para os anos 50, a bordo no DeLorean, ao tentar fugir de terroristas libaneses. Lá, descobre que suas ações podem desencadear consequências desastrosas no futuro. Para voltar para os anos 80, Marty teria de conhecer "Doc" Brown do passado, que ainda estava iniciando seus estudos com um aparelho capaz de transportar pessoas e objetos pelo passado e pelo futuro.
Em DE VOLTA PARA O FUTURO II (1989), Marty e Brown retornam do futuro para os anos 80 e se deparam com sua cidade dominada por um Buff Tannen extremamente rico e poderoso. "Doc" acaba descobrindo que a riqueza de Tannen tinha origem em diversas apostas bem sucedidas graças a um almanaque, vindo do futuro, contendo os resultados de todos os eventos esportivos de 1950 a 2000, e viaja, junto com Marty, para os anos 50, com o objetivo de destruir a revista.
Em DE VOLTA PARA O FUTURO III (1990), Marty descobre que "Doc" Brown está preso no ano 1885 e viaja para o passado para resgatá-lo. Lá, o DeLorean acaba se encontrando sem condições para viajar. Para piorar, "Doc" se apaixona pela professora Clara Clayton (Mary Steenburgen) e reluta em voltar para os anos 80.
O CARRO
A máquina do tempo consiste num carro DeLorean DMC 12, ano 1982, com várias acréscimos (turbinas, cabos de energia, reator nuclear, parachoques brilhantes). Em todos os filmes, o carro é capaz de viajar no tempo graças a um utensílio chamado "capacitor de fluxo". Além disso, o painel do carro exibe os chamados "circuitos do tempo", que mostram a hora do destino (em vermelho), hora atual (em verde) e última hora de partida (em amarelo).
Nos bastidores, o carro foi projetado por Ron Cobb, Andrew Probert e Larry Paull, e construído com a coordenação de Michael Scheffe. Foram preparados, no total da trilogia, 07 DeLoreans, sendo que, basicamente, cada filme utilizou três deles: um "carro-heroi" (com exterior mais detalhado, para filmagens externas), um que servia para manobras mais arriscadas (mais reforçado, pois eram maiores as possibilidades de sofrer danos) e um com exterior mais simples, mas interiores detalhados para filmagens internas. Um deles, ainda, foi totalmente construído em fibra de vidro e sem interiores (bem mais leve), para cenas em que o carro deveria se manter suspenso.
Várias customizações foram feitas com peças inusitadas, como uma calota Dodge Dalara para o reator nuclear; uma máquina de café Krups Coffina Super, de 1976, para o "Mr. Fusion"; peças de aeronaves e luzes piscantes nos parachoques; o ronco do motor foi extraído de sons de motores de diversos veículos, especialmente Porsche; o velocímetro foi falsificado, pois o original não podia marcar mais de 85 milhas.
Curiosamente, o conceito original era uma máquina do tempo feita a partir de uma geladeira, mas Steven Spielberg, que ajudou na produção do filme, argumentou que a ideia poderia induzir crianças a subirem em geladeiras para imitar as cenas do filme. Robert Zemeckis sugeriu, então, utilizar um DeLorean DMC, em razão do design futurista do modelo (à época), da aparência de objeto voador do carro pelas portas que se abrem como asas de gaivota, e pela carroceria de aço inoxidável que dava a impressão de poder suportar as viagens no tempo.
Os três filmes contam com o mesmo modelo e ano do DeLorean, com placa descrevendo OUTATIME. Para as viagens no tempo, o carro precisava alcançar 88 milhas por hora e ser alimentado por uma fonte de energia que fosse capaz de produzir 1,21 "jigowatts" de eletricidade para que o capacitor de fluxo pudesse funcionar. Ainda assim, cada um apresentava algumas particularidades.
Em DE VOLTA PARA O FUTURO (1985), o capacitor de fluxo é alimentado por um reator nuclear que precisava de plutônio enriquecido para funcionar. Ele apresenta diversos defeitos, especialmente problemas de partida. Além disso, a necessidade de sempre usar plutônio enriquecido tornava muito difíceis as viagens no tempo. Marty, em 1955, somente conseguiu retornar para 1989, graças à ideia de "Doc" Brown de usar a potência de um raio que cairia num determinado local para ativar o capacitor de fluxo. No final do filme, "Doc" Brown instala no carro um reator nuclear apelidado de "Mr. Fusion".
Em DE VOLTA PARA O FUTURO II (1989), o DeLorean já se utiliza do Fusion Home Energy Reactor (Mr. Fusion) para alimentar o "capacitor de fluxo", usando lixo doméstico no lugar de plutônio enriquecido. Mas nem assim o carro deixa de apresentar problemas de direção e nos circuitos do tempo (especialmente após Buff Tannen do futuro usar o carro). Na viagem para 1955, o carro é atingido por um raio, transportando "Doc" para o ano de 1889 em razão de mau funcionamento nos circuitos do tempo.
Em
DE VOLTA PARA O FUTURO III (1990), Brown tenta consertar o DeLorean em 1885, mas as peças de reposição ainda não foram inventadas. Ele esconde o carro e escreve instruções para si mesmo, de 1955. Marty e "Doc" de 1955, com as instruções do "Doc" do passado, encontram o carro e fazem os reparos. Os pneus velhos são trocados por pneus "whitewall". Uma caixa de componentes foi amarrada ao capô para substituir um
microchip de controle do circuito de tempo danificado. Na viagem para o ano 1885, o carro acabou ficando sem combustível e não havia gasolina naquele tempo. Para atingir a velocidade certa e transportar Marty e "Doc" de volta para 1989, surge a ideia de colocar o DeLorean de frente a uma locomotiva a vapor em movimento. Assim, as rodas são trocadas por outras adaptadas para se moverem nos trilhos. No final do filme, o DeLorean é completamente destruído após ser atropelado por um trem, já no ano 1989.
AS MINIATURAS DE ESCALA 1/64
Há miniaturas do DeLorean "time machine" dos três filmes produzidas pela Hot Wheels (linha básica, série "Retro Entertainment", séries exclusivas para convenções, e série "Charawheels" - esta em co-produção com a empresa japonesa BanDai), pela Johnny Lightning (apenas do segundo filme, para a série "Hollywood on Wheels" e um diorama), pela Tomica (série "Tomica Premium Unlimited", do primeiro filme; série "Dream Tomica"), pela Takara Tomy (série produzida para máquinas de brindes japonesas Gashapon) e pela UCS/Amblin (apenas do DeLorean do primeiro filme).
As miniaturas que temos (e estão representadas nas fotos) foram produzidas pela
Hot Wheels, série
Charawheels, em 2001, com "carroceria" de metal e pneus de plástico. Optamos por estes modelos na
coleção em razão da fidelidade e dos detalhes das miniaturas.
